"Dark Souls 2", junto com "Pac-Man", era o carro-chefe da estratégia da Namco Bandai para a E3 deste ano, enfeitando ônibus e parte da fachada o Los Angeles Convention Center. Nada mal para a humilde (e cabeça dura) série "Souls", hein?!
O que você precisa saber: a From Software tem claramente trabalhado duro pra garantir que, desta vez, não haja saídas fáceis. Durante a demo que jogamos, que se passa em uma caverna escura povoada por soldados zumbis, um sub-chefe e um chefe (mais sobre eles em breve), pudemos perceber algumas mudanças fundamentais.
A primeira delas é relacionada às animações de ataque e movimentação. Desta vez tudo foi meticulosamente capturado atráves de sessões de captura de movimento de atores reais, o que significa que, se você jogou Dark Souls ou Demon’s Souls, vai ter que se adaptar a respostas de comando mais lentas que o normal. Além disso, inimigos atacam com maior velocidade e mudam padrões de acordo com situações específicas – como se você defender demais ou virar as costas sem querer para o oponente (eles até param TUDO o que estão fazendo para te atacar se você estiver usando um item de cura).

Mas, mais importante, o parry funciona de maneira diferente: não basta mais desviar uma espadada com o escudo no momento certo e apertar o botão de ataque. Além disso, para registrar o golpe, é preciso correr até o oponente e atingí-lo no chão, uma manobra que exige mais tempo e pode te ferrar se você estiver lutando contra um grupo. Vale notar que desta vez nem o contra-ataque, nem a punhalada em retaguarda garantem invencibilidade, então é preciso ficar esperto em como você vai aproveitar situações.
Outra novidade é que não há mais classes definidas. Você começa do zero e vai adaptando suas estatísticas e equipamentos para se moldar ao seu estilo de jogo. Não é algo grandioso, uma vez que todos os outros jogos da série encorajam mexer e misturar atributos e especialidades de combate corpo-a-corpo, arco e flecha e magias, mas é bom ver o time da From Software se livrando de uma das grandes redundâncias dos originais. Ah, e agora há ataques e combos especiais para quem quiser usar duas armas simultaneamente!
O que achamos: eu sou um fã de carteirinha da série, então acredite no que eu digo: as facilidades inclusas nesta sequência de maneira alguma significam um jogo mais “casual”. Você agora tem a habilidade de se teletransportar entre qualquer fogueira do jogo, mas coletar almas ainda é algo que você vai querer fazer; há mais uma opção de item de cura além dos Estus Flask, mas o efeito colateral é que sua barra de vida vai se preenchendo lentamente. Se você quiser algo instantâneo, o bom e velho frasquinho ainda é a melhor opção.

As outras novidades são bem pequenas: a inteligência artificial claramente engatilha em certos momentos, mas ainda estamos falando de inimigos que correm cegamente em sua direção e que podem ser atraídos individualmente (pelo menos durante a demo). O Turtle Knight (o sub-chefe da área) é mais interessante, punindo adversários ansiosos por atingir sua retaguarda com um esmagão fatal (rapaz, não tem como não ser dúbio nessas frases!), além de atingirem jogadores que derem as costas por um segundo com outro one-hit kill. A capacidade de carregar tochas é fútil e longe de ser uma novidade, mas pelo menos significa que você não precisa guarda-la no inventário; basta pegá-la da parede onde existir uma.
Apesar disso, “Dark Souls 2” continua sendo a mistura mágica de dificuldade e opções que fez da série um best-seller. Mas o que mais me cativou na demo foram os minutos finais: o chefe da área é um brutamontes chamado Mirror Knight. Vestido em uma armadura que faria o piano do Liberace parecer um móvel de segunda mão, o cavaleiro tem como principal ataque um espelho gigante que chama para a arena uma cópia sua para lutar contra você. Ruim? Talvez. Mas, se você estiver online, o que o inimigo faz é chamar um jogador online disponível para entrar na briga. É, esse é um jogo que vai te fazer suar!
Obrigado, POP Games